uh. por um momento deu até para deambular pelo descampado breu de Berlim com esse seu belo relato. ressoou aqui sobre a minha relação com a escrita, e algo como “with or without you”, do U2, me veio aos ouvidos. era isso ou um bolero rs.
enfim.
parece que me mantenho em jejum por um período tenebroso - será que para aumentar a minha fome a um nível monstruoso? -, até que começo a escrever textos homéricos para a dentista e os veterinários do meu cachorro, e daí percebo que estou agindo socialmente estranho e preciso voltar urgentemente a trabalhar. rs. (talvez isso também inclua fazer comentário no texto dos outros? não é de se descartar essa possibilidade.)
enfim (de novo).
enquanto ando “bêbedo” e cambaleante a esmo por aí, fazendo questão de me distrair com a primeira coisa reluzente minimamente justificável que surgir, um modo sorrateiro de me manter afastado de escrever, tenho botado a culpa no Tempo, me prestando ao patético papel do artista perturbado, amaldiçoado pelo seu próprio daimon, me deixando ser assolado por “Ele”, a entidade suprema que me rouba o espaço e as horas. mas, procurando ser muito honesto, até quando posso me ludibriar? cá entre nós, ando desconfiado de que talvez eu seja o tempo. meio que escrevi isso no meu primeiro texto aqui no substack.
Trrrue grrrit poet!
VDD...
uh. por um momento deu até para deambular pelo descampado breu de Berlim com esse seu belo relato. ressoou aqui sobre a minha relação com a escrita, e algo como “with or without you”, do U2, me veio aos ouvidos. era isso ou um bolero rs.
enfim.
parece que me mantenho em jejum por um período tenebroso - será que para aumentar a minha fome a um nível monstruoso? -, até que começo a escrever textos homéricos para a dentista e os veterinários do meu cachorro, e daí percebo que estou agindo socialmente estranho e preciso voltar urgentemente a trabalhar. rs. (talvez isso também inclua fazer comentário no texto dos outros? não é de se descartar essa possibilidade.)
enfim (de novo).
enquanto ando “bêbedo” e cambaleante a esmo por aí, fazendo questão de me distrair com a primeira coisa reluzente minimamente justificável que surgir, um modo sorrateiro de me manter afastado de escrever, tenho botado a culpa no Tempo, me prestando ao patético papel do artista perturbado, amaldiçoado pelo seu próprio daimon, me deixando ser assolado por “Ele”, a entidade suprema que me rouba o espaço e as horas. mas, procurando ser muito honesto, até quando posso me ludibriar? cá entre nós, ando desconfiado de que talvez eu seja o tempo. meio que escrevi isso no meu primeiro texto aqui no substack.
Não pare.
Eu já desisti, mas a cobrança permanece, mesmo que eu não escreva há cinco anos. É um inferno.